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Mostrando postagens de janeiro, 2020
Recupero aqui um excerto da escritora Herta Müller, de um livro que li há um ano, e que acompanha o desdém de Rui Nunes por tudo quanto na língua (em nome da língua, com a língua) se torna um símbolo de poder (os valores da pátria, o caráter sagrado da língua, o pressuposto respeito que devemos ter com a língua, etc...). Aqui vai: «Muitos escritores alemães são embalados pela crença de que a língua materna, se fosse caso disso, lhes substituiria tudo. Apesar de ainda não terem chegado a este ponto, dizem: LÍNGUA É PÁTRIA. Os autores para quem a pátria está ao dispor sem questionamento, a quem nada acontece em casa que lhes ponha a vida em perigo, irritam-me com esta afirmação. Quem, como alemão, diz LÍNGUA É PÁTRIA, tem a obrigação de estabelecer contacto com aqueles que a cunharam. E quem a cunhou for am os emigrantes, que tinham escapado aos assassinos a mando de Hitler. Atribuída a eles, a afirmação LÍNGUA É PÁTRIA encolhe ao ponto de se tornar um autoconvencimento oco. Signifi...

Artigo sobre Conversa-Performance

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Diogo Martins Dar Coisas aos Nomes | Deita o livro fora e lê https://vilanovaonline.pt/2020/01/18/dar-coisas-aos-nomes-deita-o-livro-fora-e-le/?fbclid=IwAR1cRA2dYp3zDsbsRRJeb0aS7To-p98hXwPFlxtlFJHyNMFA_qG7L1oOBaU